O estudo ainda apontou que os maiores consumidores são aqueles que fazem musculação, lutas, ginástica aeróbica e localizada, praticam exercícios há cerca de 12 meses e malham mais de 15 horas semanalmente. Mais: 39,84% consomem dois ou mais tipos diferentes de suplementação, 8% não sabem dizer qual a finalidade do produto que tomam e 48% são mulheres. Detalhe: elas preferem bebidas esportivas, vitaminas e minerais.
SUPLEMENTOS VALEM SÓ PARA ATLETAS DE ELITE QUE NÃO INGEREM ALIMENTOS SUFICIENTES para suprir as cerca de 3.000 calorias gastas todos os dias. Eles são desnecessários para 80% dos malhadores de academia |
PARA QUE SERVE
Antes de rotular os suplementos como grandes vilões, saiba que eles foram desenvolvidos para dar uma dose extra de nutrientes ao organismo de superatletas com o objetivo de melhorar a performance nas competições e nos treinos. "A indicação vale para os atletas de elite (profissionais) que não ingerem alimentos suficientes para suprir as cerca de 3.000 calorias gastas diariamente", analisa Márcia, que acredita que a suplementação é desnecessária para 80% dos malhadores de academia.
O mestre em educação física Fabio Saba (SP) conta que o consumo cresceu muito nos últimos anos entre praticantes de atividades físicas que não precisam desses acréscimos na dieta. E faz um alerta: "A literatura especializada mostra que não há evidências de que os suplementos fazem diferença no desempenho do exercício para esportistas recreativos que comem de forma adequada". E é aí que mora o perigo. Além de não trazer bons resultados, alguns produtos usados indevidamente ainda surtem efeitos colaterais. Suor excessivo, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, insônia, alteração na percepção da dor e cansaço (que pode levar a lesões musculares) são os danos mais conhecidos.
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